sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Que desgosto, que nada. Coloque as contas em dia em agosto



Por Tatiana Nascimento

O mês mudou.


Para muita gente, ao contrário do que diz o calendário, o segundo semestre começou na última segunda-feira, 1º de agosto. Mês do desgosto? Para os supersticiosos de plantão, pode até ser. 


Mas também dá para pensar pelo lado positivo. Agosto pode ser o tempo de colocar as finanças em dia após as férias de julho e se preparar para um fim de ano com o orçamento tranquilo.




Para quem curtiu as férias do meio do ano, a primeira coisa a fazer, destacam os especialistas em finanças pessoais, é descobrir como está o orçamento pós-diversão. 




“Quem pagou tudo à vista, está bem. Quem gastou o que recebeu adiantado, e está com dívidas contraídas durante as férias, tem de pensar em como quitá-las”, diz Alexandre Jatobá, professor de economia da Faculdade Boa Viagem (FBV).




Se o saldo ficou negativo, a solução pode ser cortar alguns gastos durante os próximos meses. A TV por assinatura é uma candidata a entrar na mira, por que não? O pacote completo pode virar básico. Ou, em casos mais graves, a família pode ficar sem TV a cabo por um tempo. Ninguém vai morrer por isso. Talvez só de tédio. O plano do celular também pode ser adequado à nova realidade.




No blog Como investir (www.comoinvestir.com.br), os representantes da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) recomendam a quem tem dívida que tente renegociar melhores condições para o pagamento. “Procure os credores, sejam lojas ou operadoras de cartão de crédito, e proponha uma redução nos juros. Busque orientação do Procon da sua região.”




Tanto o pessoal da Anbima quanto Alexandre Jatobá chamam atenção para a necessidade do envolvimento da família no projeto de contenção de gastos e planejamento do orçamento. “Todo mundo se divertiu em julho. Quem tem criança pode procurar fazer programas mais em conta, como ir a parques, ou ir ao cinema em horários mais baratos”, destaca o economista.




Jatobá lembra, ainda, que o segundo semestre não é tão inchado de contas quanto o primeiro. Nesta altura do campeonato, assuntos como IPTU, IPVA, material escolar (ao menos grande parte dele) estão resolvidos. Em tese, é uma boa oportunidade para quem já está com as contas em dia pegar o dinheiro extra (restituição do Imposto de Renda, 13º salário) e investir.




O investimento pode ir para um projeto de futuro mais distante – a compra da casa própria, por exemplo – ou para um projeto mais próximo, como a festa de Natal da família. “Se for para alguma coisa mais próxima, o dinheiro pode ir para um CDB ou fundo de renda fixa, que está rendendo melhor que a poupança”, recomenda Alexandre Jatobá.




Se a ideia é colocar a sobra na poupança, tudo bem. Melhor guardar do que gastar, diz o professor da FBV. Mas ele lembra que, hoje, por conta da alta dos juros, a poupança pode ser considerada o novo colchão. Para o longo prazo, as ações podem dar o ar da graça. “Comprar na baixa e vender na alta” é a máxima do mercado. Agora é tempo de baixa. Se não tiver o coração forte, no entanto, melhor esquecer.


Fonte: Diário de Pernambuco
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