segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Ganhei um aumento, e agora?



Se você é um dos felizardos que vão ver seu contracheque engordar, a dica é: não deixe o entusiasmo e a empolgação subirem à cabeça.

Use o dinheiro extra de forma racional para garantir a sustentabilidade financeira sua e de sua família no longo prazo. Vamos ver, a seguir, algumas formas interessantes e racionais de usar esse dinheiro:



Não seja um rato


Os americanos usam o termo rat race (“corrida dos ratos”) para descrever um estilo de vida onde o sujeito corre, corre e não chega a lugar algum. O termo é normalmente associado a uma vida profissional insana e hipercompetitiva.

O guru financeiro Robert Kiyosaki, em seu livro clássico “Pai Rico, Pai Pobre”, popularizou ainda mais o termo ao definir como “corrida de ratos” a prática comum de muitos assalariados (e mesmo alguns empresários) de aumentar seu padrão de vida em proporção igual ou maior que o aumento de renda. Dessa forma, a pessoa ganha mais dinheiro, mas em termos de patrimônio real fica mais pobre (ou mesmo com patrimônio negativo).



A melhor forma de escapar da corrida de ratos é não entrando nela. Ganhou um aumento? Resista o quanto puder à tentação de subir seu nível de gastos. Permita-se o gostinho de acumular mais dinheiro e virar um verdadeiro investidor.


Elimine suas dívidas


Devo lembrar o tamanho das nossas “pequeninas” taxas de juros? Mas o fato é que ter dívidas no país com as maiores taxas de juros do mundo não é, definitivamente, uma boa ideia. 


Se for o seu caso, não há muito que pensar sobre o destino do seu aumento. Nossas dívidas, em particular aquelas relativas ao consumo, são verdadeiros “ralos de dinheiro”. Então banque o encanador e tampe esse ralo o quanto antes!


“Turbine” a aposentadoria


Destine o dinheiro extra para uma aposentadoria mais confortável ou, quem sabe, precoce. E não se esqueça que,  se a economia brasileira realmente “decolar” e ficar parecida com aquelas dos países desenvolvidos, teremos que ajustar nossas expectativas com relação à aposentadoria, pois é bem provável que nossas taxas de juros nos investimentos serão bem menores que as atuais.


Muita gente está fazendo seus planos de aposentadoria para um horizonte de vinte, trinta anos, mas está considerando as taxas de hoje. Experimente fazer as mesmas contas utilizando taxas de países com economias desenvolvidas e provavelmente você chegará à conclusão de que precisará acumular muito mais dinheiro, ou trabalhar muito mais tempo (ou talvez as duas coisas) para ter uma aposentadoria com o nível de conforto que está imaginando.


As ideias propostas podem parecer excessivamente conservadoras ou mesmo um “banho de água fria”, principalmente considerando que o povo brasileiro vem passando por uma fase de consumismo meio “deslumbrado”. Mas, quem conseguir manter a cabeça no lugar, terá sua grande chance de começar a construir riqueza de verdade, sólida e duradoura.

Fonte: Você e o Dinheiro, em Exame

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