quarta-feira, 16 de maio de 2012

Como poupar sem sofrer



Por Gustavo Cerbasi

Gastar menos do que se ganha e poupar a diferença. Para muitos, essa é a regra essencial para construir riqueza. Porém, mesmo cientes desse importante ensinamento, muitos abandonam o processo no meio do caminho. Será ingenuidade?

Não é. Quando desistimos de um projeto tão nobre quanto poupar para garantir um futuro rico, é sinal de que algo está errado. Talvez esse sinal venha lá do seu subconsciente, como se algo lhe dissesse que há algo errado em limar o presente para bancar o futuro.


Isso acontece porque a maioria das pessoas vê no esforço de poupança um sacrifício do presente. Para poupar, é comum as pessoas abrirem mão de gastos com lazer, prazer e qualidade de vida. Poderiam ter uma vida melhor, mas pensam que devem deixar para curtir no futuro. Fazem isso porque os gastos optativos, como tratamos o lazer, são os mais fáceis de cortar, por isso são considerados supérfluos.


Esse é o grande erro de quem poupa e não se sente realizado. Planejar o futuro ou poupar não deveriam ser sinônimos de sacrifício ou de sofrimento, mas sim de construção, realização e motivação. Não basta gastar menos do que se ganha. A experiência prova que muito mais importante do que saber o que fazer é saber como fazer.


Digamos que você realmente queira economizar. Antes de eliminar itens de consumo, pense em simplificar alguns deles para preservar a variedade desse consumo. Por exemplo, antes de cancelar jantares com os amigos, que tal repensar o modelo do carro ou da casa que você tem, para que uma estrutura de vida um pouco mais simples permita que você conviva socialmente sem culpa?


É adotando uma vida mais simples na estrutura e nos gastos fixos que você conseguirá ter uma variedade maior de consumo. Dá mais trabalho, mas resolve. Se fizer o contrário, pagará as contas de uma moradia mais luxuosa, mas terá uma vida mais monótona, girando a roda para apenas pagar contas. Com uma vida mais simples, você tenderá a ser mais feliz.

Com maior variedade de consumo, terá mais opções para cortar gastos quando surgir um imprevisto. Além de mais feliz, estará mais seguro. É essa linha de raciocínio que faz com que poupanças sejam preservadas e planos deixem de ser abandonados. Quem é feliz tem menos pressa, conta menos com as reservas, não sente culpa ao poupar. Pense no futuro como a continuação do hoje. Essa é uma boa escolha. Equilíbrio é a palavra-chave.

Fonte: Época

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