quarta-feira, 28 de março de 2012

Taxa de inadimplência de veículos bate recorde em fevereiro



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Os sucessivos recordes na venda de veículos no país tiveram reflexo na inadimplência do setor. Em fevereiro, a taxa considerando atrasos acima de 90 dias chegou a 5,52% da carteira de crédito para pessoa física, o maior patamar da série do Banco Central, iniciada em 2000.


"Os dados confirmam a preocupação que já existia, principalmente pelo fato de que não houve uma reversão na tendência das curvas de inadimplência e nem mesmo sinalização de estabilização", diz o presidente da Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), Décio Carbonari.


O número, que engloba unidades novas e usadas, é quase o dobro do registrado no mesmo mês do ano passado (2,80%), mas ainda está abaixo da taxa de inadimplência geral (7,59%).


Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave (federação das concessionárias), afirma que a elevada taxa já está afetando as vendas de carros de entrada, de menor valor, e o mercado de usados.


"O filtro dos bancos está mais severo. Crédito em 60 meses sem entrada praticamente desapareceu, e esse é um canal importante de vendas", acrescenta. Em fevereiro, o emplacamento de veículos novos recuou 9,0% no confronto com igual período em 2011 e 7,0% ante janeiro.


Na sua opinião, a taxa reflete principalmente empréstimos concedidos em 2010 e em 2011 e deve começar a recuar no final deste semestre.


Paulo Roberto Garbossa, professor do CEA (Centro de Estudos Automotivos), também prevê redução no índice. "As empresas estão tentando renegociar [a dívida]. Quem quer perder o cliente?"


Carbonari concorda que a contribuição das empresas "passa por um acordo de reescalonamento de pagamentos", além de ajustes na política de crédito "para prevenir novas operações com potenciais clientes cujos perfis sejam parecidos com aqueles que estão inadimplentes".


Para Garbossa, o consumidor que comprou o primeiro carro e dimensionou mal o gasto mensal com o novo bem ajudou a elevar a inadimplência. Além da prestação, lembra, há despesas com manutenção, combustível e estacionamento, por exemplo.


Por enquanto, o nível recorde não provocou uma alta nos juros. A taxa anual ficou em 26,99% em fevereiro, abaixo daquela no mesmo mês do ano anterior (27,34%).


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